O frio abraça-nos como um capacete cortante. Tudo aqui pertence ao passado, o lambrim de madeira sobre o qual cai o papel de parede amarelecido, o chão que range mal o tocamos, os passos saltitantes de quem se prepara para dormir no piso superior. É um mundo que já não existe, apercebi-me disso agora ao violar o espaço com as novas tecnologias. Aqui tudo parou. Folheio o III volume de Guerra e Paz editado pela Editorial Inquérito a 20 de Maio de 1943. Na contracapa lê-se um nome e uma data de aquisição, 2 de Junho de 1955. Fecho o livro e com ele um ciclo que insisti em manter aberto. O frio perfura-me a pele obrigando-me a aconchegar a manta bem junto ao corpo.
terça-feira, fevereiro 23, 2010
segunda-feira, fevereiro 22, 2010
sábado, fevereiro 20, 2010
sexta-feira, fevereiro 19, 2010
quinta-feira, fevereiro 18, 2010
sobressalto
as memórias ficam assim; suspensas por fios invisíveis. São elas que fazem acelerar o coração quando somos apanhados de surpresa, atingidos pelo sobressalto.
Existe na matemática uma figura que se envolve com o tempo, de forma contínua ou discreta; transformadas...
Existe na matemática uma figura que se envolve com o tempo, de forma contínua ou discreta; transformadas...
segunda-feira, fevereiro 15, 2010
quinta-feira, fevereiro 11, 2010
segunda-feira, fevereiro 08, 2010
domingo, fevereiro 07, 2010
gente
Espalham-se por entre os cantos desta casa emoções e revolta. Agachados e vigilantes não dormimos que a noite é vadia.
quarta-feira, fevereiro 03, 2010
Viver de sobras
Quando se vive de sobras não se exige, fica-se de olhos abertos com ar de cachorro esperando que atirem os restos do fausto repasto.
Viver de sobras retira a dignidade, mas preenche temporariamente os vazios que ao longo dos dias foram crescendo.
Viver de sobras é viver à margem da sociedade, enclausurados num mundo cada dia mais consumista.
Viver de sobras é esconder as lágrimas que caem, os soluços inaudíveis, as palavras por dizer.
Viver de sobras é sobreviver.
Viver de sobras retira a dignidade, mas preenche temporariamente os vazios que ao longo dos dias foram crescendo.
Viver de sobras é viver à margem da sociedade, enclausurados num mundo cada dia mais consumista.
Viver de sobras é esconder as lágrimas que caem, os soluços inaudíveis, as palavras por dizer.
Viver de sobras é sobreviver.
Renasço vivendo a plenitude dos dias! Sem sobras.
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