segunda-feira, novembro 29, 2010

Poesia

Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob as montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas

Não posso adiar este braço
que é uma arma de dois gumes amor e ódio

Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação

Não posso adiar o coração.

António Ramos Rosa

domingo, novembro 28, 2010

domingo, novembro 14, 2010

O Senhor do Adeus

Escrevi sobre este homem há uns tempos atrás e não encontro o post...


quinta-feira, novembro 11, 2010

Fado do pedinte da Igreja dos Mártires

"Ai se eu tivesse dinheiro
comprava-te uma andorinha,
um porquinho mealheiro
e uma rosa de cheiro
p’ra te cheirar à tardinha."
Vitorino

domingo, novembro 07, 2010

Aresta viva

Sou assim, uma espécie de aresta viva que a erosão causada pelo tempo não consegue limar. Duas faces que se juntam num infinito prolongamento, sem vértices, apenas o tocar do ser e do querer. Se hoje me acomodo, amanhã me incomodarei.
O ser, o querer e o ter. Nesta trilogia dramática, só o ter não tem existência própria surgindo como peça inacabada.
Nesta ténue linha de junção vão surgindo pequenos pontos luminosos que, se observados cuidadosamente, mostram pequenos momentos de felicidade.

quinta-feira, novembro 04, 2010

A tristeza que se cola à derrota a avassaladora constatação da verdade que nos rasga a alma.